(Mario Howat)
você me bagunça os sentidos: ao te olhar sinto cheiro de mar, seu abraço tem gosto doce e suas palavras são de todas as cores.
você me enche o coração enquanto o estômago parece carregar todo o peso da saudade que vem sendo engolida a seco à medida que o pulmão abriga as borboletas que me fazem cócegas na alma voando em sintonia com o disparo dos flashes das memórias que sonho em viver com você.
seus olhos me abraçam, seu toque faz meu corpo dançar, sua boca mata minha sede - e me causa fome de você. quanto mais você, parece que mais fome - como se você me tornasse, de certa forma, infinita. um poço sem fundo, cheio de tudo de bom que existe para se sentir. seu fogo me molha e sua água me queima
você me faz navegar com a segurança de um píer, como se nenhum mar pudesse me abalar… e me percorre com a suavidade de uma balsa, ainda que mergulhe fundo como um submarino (que seria amarelo, pra inundar meu coração-oceano como a música faz ao tocar).
você é a adrenalina de um cafuné na cama com a tranquilidade de um backflip em alta velocidade num dia de chuva. você é a exceção que confirma todas minhas regras e a regra que eu mais gosto de quebrar; um sorriso molhado de lágrima e um choro com soluço de gargalhada.
sua existência é um grão de areia do tamanho do universo e um multiverso todinho que se concentra no tempo-espaço do aqui-e-agora (o tempo todo). você é a realização de todos os impossíveis inimagináveis, como se a gravidade pudesse ser responsável por me permitir respirar de ponta-cabeça submersa em água e nadar no ar na velocidade da luz.
você é o som do silêncio, a cor da escuridão, a tradução do indizível, uma notícia importantíssima deixada em segredo e um segredo dividido por todo e qualquer ser que já existiu. você é o ponto de encontro perfeito para se perder e a perdição que é exatamente o lugar certo, sempre..
você é o amor. e o amor é (o segredo de) tudo.